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Autismo e a mudança de gênero

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Dra. Gianna Guiotti

Medica Psiquiatra

CRM DF - 15231

Por Dra. Gianna Guiotti

 

É cada vez mais frequente na prática clínica em saúde mental, receber pessoas no espectro autista que se identificam com o sexo não biológico, e optam pela mudança de gênero.

Mas por que será que isso acontece? Quais os cuidados que devemos ter em pacientes transgêneros que também são TEA?

Algumas teorias tem tentado explicar o aumento da relação entre TEA e mudança de gênero.

Uma delas é um estudo recente que demonstrou que pacientes do espectro autista possuem alta exposição fetal à hormônios esteroides.

Mais do que ficar procurando causas, família e profissionais de saúde devem ter uma postura de acolhimento e apoio sempre, pois algumas dificuldades inerentes ao TEA podem complicar mais ainda todo o processo biológico e social que envolve a mudança de gênero.

Eu procuro conversar com meus pacientes para que reflitam e percebam se o desejo da mudança de gênero não é somente uma tentativa de buscar um pertencimento, uma referência e uma forma de aliviar o sentimento de inadequação.

Em muitos casos eles não vão adiante com a mudança, e em outros, em que é genuíno o desejo e a vontade, e não uma busca pela formação da personalidade e de autoconhecimento, a mudança de gênero se concretiza.

Mas é fundamental que ela venha com segurança e confiança, pois é um processo que tende a ser bem gratificante quando tem que acontecer, mas sempre vem com muitos desafios biológicos, emocionais e sociais.

É importante que a família e os profissionais de saúde proporcionem o empoderamento necessário, o fortalecimento emocional, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, para lidar com os desafios.

Referência do artigo: 

https://www.nature.com/articles/mp201448

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